23 de jun. de 2014

5 motivos que fazem com que a torcida brasileira não assuste e nem empolgue ninguém

Olá!!

Você pode estar pensando: ‘’estou no Blog certo?’’ Sim, está! Futebol e música andam juntos. Nessa Copa do Mundo, que está sendo disputada aqui no Brasil, um assunto que já me incomodava há um bom tempo, e ficou mais forte quando fui ao jogo Brasil x Uruguai, ano passado no Mineirão, com os meus amigos, está sendo muito discutido agora nas redes sociais e grandes meios de comunicação: a participação da torcida brasileira nos jogos da nossa seleção.

Por que, como torcedores, somos tão fracos e não empolgamos ninguém? Por que as torcidas de alguns países vizinhos estão dando show dentro de nossa casa?

Eu proponho uma discussão sobre o tema e apresento alguns motivos que eu acredito serem fundamentais para isso:

(1) A CBF afastou a seleção do povo:

Após o início da modernização do futebol e fortalecimento da marca de cada clube e seleção, a CBF vem fazendo importantes contratos e tornou a nossa Seleção em uma potência não só futebolística, mas também do Marketing. Investir em uma marca tão vencedora e conhecida mundialmente se tornou o foco de diferentes empresas, desde bancos até empresas de cosméticos.


Entre esses contratos destaco a venda dos direitos de organizar os jogos da seleção. Nada contra terceirizar esse serviço, só que a CBF vendeu esse direito e a empresa que assumiu, ao pagar cerca de R$2mi por ano à CBF, procura apenas o retorno do seu investimento. Assim, ela leva a seleção  para diferentes lugares do mundo, agenda amistosos com equipes totalmente desqualificadas, que fazem com que o interesse nosso aqui no país seja menor. 


     (2)  Não existia no Brasil o estádio ‘’padrão FIFA’’:

Apenas com essa Copa o Brasil pode modernizar os seus estádios e finalmente chegar ao século XXI no quesito estrutura para o futebol. Assim, para poder atuar (raramente) contra as grandes seleções e demais nanicos do futebol, a empresa detentora dos direitos afastou a seleção do Brasil e foi auferindo lucros mundo afora.



Vamos ver se como legado dessa Copa nós teremos mais jogos da nossa seleção em casa, perto do seu povo.

(3) O torcedor que vai ao estádio ver a seleção não é o mesmo que vai estádio torcer pelo o seu clube:

A Seleção joga umas seis vezes por ano, quase nunca em casa e em horário que a grande massa consegue assistir. Quando tem campeonato passa no máximo 60 dias junta. Enquanto isso, os nossos times disputam campeonato estaduais, nacionais, libertadores, recopas, sulamericanas e mundiais. Ou seja, os nossos clubes ocupam muito mais o nosso tempo e atenção do que a seleção e nos sentimos muito mais próximos deles.

Aí, quando o Brasil joga aqui, o preço dos ingressos são altíssimos e afastam os torcedores de baixa renda do estádio. Na verdade e infelizmente, acredito que essa é a grande vontade dos gestores do futebol, pois já vi o Alexandre Kalil, presidente do meu clube, o Galo, dar entrevista e dizer que ‘’estádio é local para torcedor consumidor e quem não tem dinheiro ajuda só comprando camisa e PPV’’.

Se um presidente de um clube mundialmente reconhecido como time de massa pensa assim,o que não pensam os gestores da CBF?



Assim, basta ligar a TV e ver algum jogo do Brasil nessa copa e ver o perfil do torcedor. Muitos deles mal vão ao estádio durante o ano e mal sabem se a bola é redonda. E é esse torcedor que vem sendo debatido nos últimos dias.






Já o que vai ao estádio durante o ano, deixa de comprar várias coisas até pra ele mesmo, vende carro e demais bens mas não fica sem ver um jogo do seu clube. Lá ele canta, apoia, é parte realmente do espetáculo.



4)     
Falta união entre os torcedores de diferentes clubes em prol da seleção:


Tudo bem, falei até agora da elitização do futebol e tal. Mas, pegando o exemplo da nossa rival e vizinha Argentina, onde existe a união das torcidas organizadas dos clubes, podemos ver que eles, acima da paixão pelos os seus clubes, conseguem sentar lado a lado e discutir apenas o apoio à Argentina. (Não irei analisar aqui os atos criminosos que muitos deles cometem e também os atos do tipo que acontecem aqui no Brasil).


Assim, eles animam os estádios e causam inveja em todos os admiradores do futebol e que não aceitam a ideia de que o futebol é para elite, pois ele é feito pelo povo e para todos.

Será que no Brasil isso seria possível? Não acredito. Além do alto preço dos ingressos, que afasta essa massa do estádio, não é de interesse da CBF essa aproximação com as organizadas. Fora isso ainda existem as divisões internas entre as organizadas, como, por exemplo, a união entre Galoucura, Força Jovem ( Vasco ) e Mancha Verde ( Palmeiras ). Você acredita que essa galera seria capaz de conversar numa boa com torcedores que fazem parte da união entre Máfia Azul e Independente ( São Paulo)? Eu duvido! Ainda mais por uma seleção que não os representa.

 (5)   O torcedor não se vê representado pelos jogadores da seleção ou não concorda com alguns nomes:

Terminei o último exemplo falando sobre representação. Tudo bem que o nosso país é o país do futebol, celeiro de talentos e consegue se renovar muito mais do que a maioria dos nossos rivais.

Cá pra nós, a seleção é realmente composta por jogadores que nos representam, representam os nossos clubes? Ou, com a modernização do futebol, se tornou um espaço para jogadores que se destacam na Europa e pouco tem ligação com o país ou algum clube daqui? Quantas vezes não vemos jogadores serem convocados apenas por influência de empresários ou amizade com o técnico?



Por isso eu acredito que esse motivo também colaborou para que a massa tenha se afastado da seleção. Não precisa ser cruzeirense para saber que o Fábio é um injustiçado e merecia estar na Copa ao lado do Victor e mais um goleiro.





E aí? Concorda comigo? Discorda? Dê a sua opinião!

Abraços

3 de fev. de 2014

O Blog está de volta!!

Caros, 

Após um ano e meio com o Blog inativo, resolvi voltar a escrever nele hoje. Nesse período vários motivos inviabilizavam a assiduidade das postagens e eu acabei deixando-o de lado. Infelizmente, perdemos um bom tempo mas agora não adianta lamentar.

Espero que esse retorno seja positivo e que eu consiga seguir com a proposta central do Blog: discussão a respeito da música brasileira nas suas variadas categorias, diferenças e gerações.

Quem tiver alguma sugestão para essa nova fase do Blog ou queira ser um colaborador, é só avisar. 

No mais, como hoje é segunda-feira, deixo como dica essa música suave do Chico Amaral, cantada pelo Lô Borges:


Segundas Mornas Intenções

Abraços!

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